A Petrobras pretende realizar, no primeiro semestre de 2016, licitações para obras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que foi praticamente paralisado em 2015, em decorrência da crise da estatal e dos efeitos da Operação Lava Jato.

Segundo a companhia, serão contratadas a construção da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) e de instalações da Central de Utilidades, unidade que compreende serviços como tratamento de água e fornecimento de energia.

Atualmente, 3.000 operários trabalham no projeto, desenvolvido para ser um complexo de refinarias e unidades petroquímicas. Eles constroem parte da Central de Utilidades.

A previsão de Petrobras é que, até o final de 2016, o número de trabalhadores suba para 5.300, com a contratação de novas obras.

As refinarias e unidades petroquímicas, porém, continuam no papel: o Comperj se limitará, neste momento, apenas ao projeto da UPGN, instalação necessária para escoar o gás natural de reservas do pré-sal na Bacia de Campos.

As obras da UPGN foram paralisadas em outubro, por decisão do consórcio construtor, formado por Queiroz Galvão, Iesa e Tecna Brasil. Ele alegou dificuldades “diante dos insustentáveis impactos sobre o contrato, decorrentes da crise econômica atual e de seus efeitos no câmbio e no mercado financeiro”.

A companhia não informou qual o valor necessário para as obras previstas. Em agosto, o diretor de engenharia da empresa, Roberto Moro, falou em US$ 2 bilhões.

Na ocasião, Moro disse ainda que a Petrobras buscava um sócio para concluir a refinaria do Comperj, projeto que ainda demanda aporte de US$ 2,3 bilhões.

A paralisação das obras do Comperj frustrou expectativas no município de Itaboraí, na região metropolitana do Rio, que se preparava para a chegada de investimentos e abertura de postos de trabalho.

Em fevereiro, empregados das empreiteiras contratadas pela estatal chegaram a fechar a ponte Rio-Niterói em protesto contra demissões e atraso de salários.

Fonte: Correio do Estado

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